O carro de Speed Racer

09/05/2008 0 Por Surya

O MACH 5, primeiro e único!


Para o melhor piloto de todos os tempos (Bom, nos desenhos e agora no
cinema, na nossa realidade, bem, leiam nosso mais recente Editorial), o
melhor carro de todos os tempos!

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O maravilhoso Mach 5 inspirou e fez sonhar gerações de fãs, como o mais
estupendo carro de corridas já visto na TV. E aproveitando que neste dia 9
de maio estréia a adaptação para as telonas de Speed Racer, criado pelo
gênio japonês dos animes Tatsuo Yoshida, nada melhor do que falarmos um
pouco desse magnífico carro.
Quem no ano 2000 teve a sorte de adquirir a excelente minissérie em
quadrinhos em 3 edições speed Racer, da Windstorm, publicada aqui pela
Editora Abril, viu que no famoso acidente em que Rex Racer “morre” (Claro
que todos estão carecas de saber que isso foi uma estratégia para Rex se
tornar o Corredor X), o irmão de Speed está participando de uma prova de
Fórmula 1 com o Estrela Dourada número 9. A bordo do Mach 3, o F-1 da equipe
Racer, está Hank Racer, primo de Speed.
Depois dos tristes eventos, anos depois vemos a equipe testando o belo Mach
4, um carro esporte de motor central. Aliás, lembrando que a categoria de
carros esporte é aquela na qual melhor se encaixa o Mach 5, e pode ser
conferida em nossa página Autech. Prosseguindo com a HQ, um acidente destrói
o Mach 4 e Hank se afasta das pistas.
O próximo na linhagem, claro… é o Mach 5!

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O modelo, como os anteriores, foi construído por Pops Racer, pai de Speed.
Comenta-se que suas linhas foram inspiradas no Chaparral 2C, modelo esporte
construído nos EUA nos anos 1960.

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Aliás, na HQ é explicado como, a partir do
motor E-RX criado pelo falecido gênio Dr. Bent Cranium, Pops constrói seu
motor Go V-12, com doze cilindros, para o Mach 5. E, para fazer frente as
trapaças de outros corredores, o carro está equipado com diversos
equipamentos especiais, controlados por botões no volante.

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O botão A é o Auto Jack, ou macaco automático. Quatro cilindros se estendem
no fundo do carro, podendo tanto erguê-lo quando parado para manutenção,
como fazê-lo saltar.

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Botão B, Belt Tires, ou cintas nos pneus, para proporcionar mais tração em
pisos escorregadios como lama ou neve. Também aciona a tração integral do
carro. Aqui vale uma comparação com os pneus com cravos metálicos usados no
Campeonato Mundial de Ralis, em piso de neve. E esses carros também
utilizam, desde os anos 1980, tração nas quatro rodas.
O botão C, de Cutter, aciona as duas serras instaladas na dianteira do Mach
5. Um acessório que poderia ser bem útil no trânsito paulistano…

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D é de Defensor, ou traduzindo, a capota transparente e a prova de balas,
com a qual o Mach 5 vira até submarino.
O botão E significa Evening ou Illumination Eye, uma função especial dos
faróis para ambientes com pouca visibilidade. Também são direcionais,
acessório que existe hoje em alguns modelos top de linha, e que podem
funcionar com um visor especial no capacete de Speed.
F para Frogger, para andar debaixo d´água.
Gizmo Rocket, a função do botão G, aciona o pássaro-robô que proporciona uma
visão ampla do que está ao redor do carro.
O botão H está situado no console central do Mach 5, entre os bancos, e com
seu acionamento o pássaro-robô se dirige a uma localização previamente
selecionada, normalmente a casa dos Racer, ou Home.
No Mach 5 do filme dos irmãos Washowski, foram deixadas de lado as funções E
e F do modelo clássico, e agora os botões são: A para Jump Jack, ou macacos
de salto; B de bullet-proof polymer deflector, a capota transparente e a
prova de balas; C serve para Tyre Shields, escudos para proteger os pneus; D
para reparar em movimento qualquer dos pneus, no inglês original está como
Hexodyne Emergency Spare Tires; E para os cortadores; F para as cintas para
maior aderência dos pneus; e G para o robô.

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Interessante lembrar que o volante de muitos carros de corrida de hoje
também contém diversos botões com as mais variadas funções, podendo-se
ajustar a proporção de gasolina e ar na mistura que é injetada no motor,
programar freios e transmissão, rádio para falar com a equipe, motor do
equipamento que fornece bebida para o piloto…
Na série o carro ainda teve outros equipamentos, um dos mais famosos sendo
as pequenas asas, copiadas da Equipe Acrobática, que faziam o Mach 5
sustentar-se no ar por períodos mais longos. Isso confere com absoluta
fidelidade com o que ocorre nas pistas, onde inovações que dão certo para
alguma equipe são logo copiadas. E asas em carros de corrida são largamente
usadas, seu uso começando no final dos anos 1960, tanto na Fórmula 1 quanto
na categoria esporte.
A F-1 chegou a utilizar, de meados dos anos 1970 até 1982, os conceitos de
carro-asa e efeito solo.Os carros tinham laterais largas, abaixo das mesmas
existindo uma superfície similar a uma asa de avião invertida. As mesmas
faziam o ar passando por baixo do carro com muito maior velocidade do que a
massa de ar sobre o carro. O resultado era um quase vácuo no fundo do carro
que literalmente o colava ao chão, levando a velocidades em curvas
fantásticas. Após graves acidentes, incluindo a morte de Gilles Villeneuve,
um dos maiores ases da época, esse sistema foi banido. Mas parte do
efeito-solo ainda é utilizado, usando-se superfícies em forma de asa
invertida na traseira dos carros, além dos aerofólios e outros apêndices
aerodinâmicos. Isso tanto nas categorias de fórmula quanto de carros
esporte.
Chegou-se mesmo a utilizar-se da famosa suspensão ativa, no começo dos anos
1990, com os amortecedores totalmente controlados por computador, mantendo
os carros sempre na posição ideal, nivelados com o solo para melhor
aproveitamento dos efeitos aerodinâmicos. Alguns chegaram a testar direção
nas 4 rodas (Como veremos no filme Speed Racer com o avançado Mach 6).
Já nos ralis, o tipo de competição mais parecido com os cenários do desenho
e do filme, o auge foi mesmo, na primeira metade dos anos 1980, o Grupo B.

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Eram carros similares aos de rua, mas que apenas imitavam o formato destes.
Seus conjuntos mecânicos utilizavam motores muito potentes, de mais de 600
cavalos (Hoje os carros de rali pouco passam dos 300), pouco peso e tração
nas 4 rodas. Com carros como os Audi Quattro, o Peugeot 205 e a Lancia Delta
S4, eram carros maravilhosos e incrivelmente velozes, mas que foram abolidos
após uma série de graves acidentes.
É melhor mesmo os pilotos de nossa realidade deixarem as acrobacias com
Speed Racer e o Corredor X! Enquanto isso, o Mach 5 sem dúvida apontou, há
tantos anos, a direção para onde caminharia o automobilismo. Vejam só essa
foto, dos recentes 1000 km da Catalunha da Le Mans Series. Os Peugeot 908
(Os dois carros preto e branco, um com o bico azul, o outro vermelho), os
Audi R10 prata e vermelhos, a Lola Aston Martin azul e branca, e lá atrás, o
Porsche Spyder roxo e branco, e o Courage azul, vermelho e amarelo. Comparem
todos esses com o bico do Mach 5!

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A realidade imitando a arte! Pena não podermos sair por aí dirigindo um Mach
5 de verdade, apesar de lá nos States já terem sido fabricados alguns.

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Mas sempre existem as miniaturas, e agora o filme.

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Go, Speed, go!