Doutor Estranho | Seja o benedito: Nós já assistimos o maravilhoso filme da fase 4 da Marvel nos cinemas

Doutor Estranho | Seja o benedito: Nós já assistimos o maravilhoso filme da fase 4 da Marvel nos cinemas

25/10/2016 0 Por Surya

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Doutor Estranho dá o tom, e o que mais você pode imaginar, quase que literalmente falando, – nesse novo filme.

Somente Steve Ditko e suas pinceladas nas HQs dos anos 60 poderiam imaginar algo tão psicodélico e colorido como Doutor Estranho.

É interessante como há certas coisas que estão predestinadas a acontecer naquele momento e data, e a hora chegou agora com Doutor Estranho.

Sim, a fase quatro continua como mais um filme de origem, afinal, nem todos são obrigados a saber quem é este tal cara estranho Doutor, e, diga-se de passagem, Cumberbatch desempenha tão bem o papel que chega a ser surreal. Ele é para Strange o que Robert Downey Jr é para Tony Stark ou Chris Evans é para Capitão América, – nasceram para este papel.

Lembro que os fãs, há alguns anos, estavam ansiosos pela escolha de Benedict, ele era sem dúvida “o escolhido”.

Como é bom ver um ator com a experiência de Cumberbatch “encarnando” um personagem tão interessante. Ele consegue dar a Strange a seriedade e a integridade que é a principal característica dos personagens da Marvel nos cinemas. A história é contada de uma maneira tão realista que o telespectador “até esquece” que está assistindo um filme de super heróis.

O começo brilhante e no compasso certo não vai deixar os fãs de Strange entendiados com uma introdução longa e os novatos vão entender o suficiente. A história é contada depois de forma direta e precisa. Sem muitos redemoinhos de referências obrigatórias que mais estraga o cânon do que ajuda.

Tudo está no tempo e no compasso certo, até as piadinhas contadas para quebrar o clima que são marcas registradas. Enfim… Que continue a nova fase da Marvel com uma abertura nova, sim, temos algo novo,  e ainda em tempo, não levante das cadeiras, há duas cenas pós-créditos. Importantes.

O visual é deslumbrante e os efeitos visuais também, pena só pelo 3D que não é em todas as cenas. Mas mesmo assim merecido ver em uma ótima sala IMAX.

 

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O tom do novo filme lembra os clássicos dos quadrinhos

 

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Chega a ser impressionante a semelhança entre Benedict e o Strange das Hqs

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Cumberbatch dá a Strange uma carga emocional e uma polidez que é impossível não se apaixonar por ele


 

 

As aventuras do Doutor Estranho nos quadrinhos sempre contaram com incríveis cenários surrealistas e realidades alternativas, uma tradição que vem sendo seguida à risca no novo filme da Marvel Studios. Para isso, o departamento de arte de Doutor Estranho, longa que estreia em 3 de novembro no Brasil, fez uma profunda imersão nos trabalhos de Steve Ditko, o primeiro artista a desenhar as HQs do herói. Na produção do filme, 49 profissionais se desdobraram para criar mais de 3 mil artes conceituais e 40 maquetes de sets, seguindo padrões geométricos que tornaram os cenários alucinantes.

As filmagens de Doutor Estranho se dividiram entre Londres, Nova York, Katmandu (Nepal) e Hong Kong. Para criar o clima ideal de magia, foram construídos 21 enormes e detalhados sets – o maior deles, o dos jardins e ruas de Kamar-Taj, contou com mais de 1.200 m2. Algumas cenas internas também foram captadas no histórico Exeter College, que faz parte da Universidade de Oxford, onde J.R.R. Tolkien, entre outros notáveis, estudaram.

Todo esse cuidado com o visual é realmente importante pois já nos anos 1960 Steve Ditko investia toda o seu talento em paisagens distorcidas e mundos fantásticos nas aventuras do Doutor Estranho. Esses conceitos surreais somados às tramas metafísicas do roteirista Stan Lee transformaram as aventuras do Mestre das Artes Supremas um sucesso entre os universitários da época. Muitos leitores até defendiam que a aparência do herói lembrava o ator Vincent Price, que interpretou um poderoso mago no filme O Corvo, lançado em 1963, com direção de Roger Corman.

Outra curiosidade: um detalhe de uma revista do Doutor Estranho apareceu camuflada na capa do disco A Saucerful of Secrets, lançado pelo grupo inglês Pink Floyd em 1968. A arte psicodélica do resto da imagem, aliás, também era uma referência às diversas dimensões visitadas pelo herói nas HQs.