Crítica: 50 tons mais escuros

Crítica: 50 tons mais escuros

08/02/2017 0 Por Surya

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E lá vamos nós em mais uma sequência do adaptação mais polêmica dos últimos anos.

Cinquenta tons mais escuros foi escrito por Niall Leonard, marido da autora E.L. James. E as duas sequências foram rodadas consecutivamente pelo diretor James Foley (House of Cards).

Este filme acontece 2 anos após a estreia do anterior, e sentimos que dessa vez o vendaval chamado Senhor Grey não causou tanto alvoroço nas redes sociais. Pelo menos até agora.

Para quem não sabe, Anastasia Steel está vivendo a sua vida simples e trabalhando como auditora de livros (ou caça novos autores), para títulos jovens. (Seria um alter ego da autora?).

Depois de uma reconciliação com o playboy milionário e algumas cenas de sexo apresentando alguns brinquedos novos que a autora descobriu em uma sexy shop, cruzam três novos personagens na vida do casal.

Elena Lincoln (Kim Basinger) a misteriosa mulher que ensinou Christian a fazer aquilo.

Jack Hyde (Eric Johnson) o chefe da editora que torna-se o arqui-inimigo de Grey e a submissa Leila Willians (Bella Heathcote) que no final é tão adestrada como um poodle.

Ana descobre um pouco do passado triste do seu amado milionário e tenta ajudá-lo a superar o seu trauma de infância.

Descobrimos que ele é um homem inseguro com muito dinheiro e extremamente ciumento e mimado.

O filme cumpre quase o que promete. As meninas adoram Grey e o ator  Jamie Dornan apesar de incrivelmente charmoso ainda não se sente confortável no papel. Para quem não sabe ele é protagonista da série The Fall e foi um dos destaques da série Once Upon a Time, mostrando-se um excelente ator dramático.

Comparado com o primeiro longa esse filme supera as expectativas, embora pode ser decepcionante para as meninas que Dornan (de novo) não mostre todo o seu potencial físico (será que vocês me entendem?) em cena.

Questionado sobre a ausência de nu frontal do galã ele responde. “Foi tanta cena de sexo que eu honestamente não me lembro se fiquei nu. Faz duas semanas que terminamos, minha memória é terrível”, riu o ator em entrevista à Vanity Fair. “Eu acho que injusto e entendo porque as mulheres teriam um problema com o fato de que elas estão mais expostas nesses filmes que nós. Há um gosto mais ativo pela nudez feminina, e isso não é justo, e pode ser gratuito muitas vezes”. É claro que tudo isso recheado de muita glamour, viagens caríssimas e uma trilha remasterizada pop.

Com dois pesos e duas medidas seria injusto considerar esse filme ruim comparado com o anterior. Existem momentos na trama que mereciam uma revisão e um complemento no roteiro, o que aumentaria e muito a qualidade dramática. Não sabemos se existe essas cenas noslivros ou se foram cortadas propositalmente. Devo dizer que faltou ousadia em seguir adiante. Como se a autora tivesse medo de desenvolver um elo dramático aos personagens. Vou dar dois exemplos: Se você não se importa com spoiler é por conta e risco. Tem certeza. Então lá vai.


Quando Jack Hyde agarra Ana no escritório eu imaginei várias coisas que poderiam ter acontecido em seguida, como por exemplo. – Jack amarrar Ana em uma cadeira. Sequestrá-la e levá-la para algum lugar pedindo uma grana para o Grey. Qualquer coisa, menos ela simplesmente sair correndo e pedir ajuda ao namorado que está do lado de fora.

Outro momento que merecia um pouco mais de drama. Quando Grey sofre o acidente com o helicóptero e surge como mágica na sala de jantar da sua casa. Aliás essa foi a cena mais constrangedora do longa. Por quê não colocaram um pouco mais de feijão nessa ideia e não deixaram o milionário desaparecido por mais um dia, quem sabe colocando Jack ou a maluca da Leila como suspeitos e algo do tipo. Simplesmente tudo se resolve de uma maneira muito simples e preguiçosa.

Não sabemos como tudo isso é mostrado no livro, mas no filme deu-se a impressão que o gás acabou e tudo ficou por ali mesmo.

No geral, sim o filme não é merecedor do Oscar mas supera o anterior. No próximo eu quero mais Dornan lindão e menos Anastasia para o bem das meninas, é injusto. Até o Hugh Jackman como Wolverine ficou mais tempo em tela que Grey, e olha que foram segundinhos.

Ainda em tempo, Jamie Dornan fica lindo com barba “amanhecida”. Sem barba ele fica mais com expressão de “nenén”.  Sou a favor de um Grey barbado e selvagem. E aí meninas?

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