Cidades Criativas: projeto Espaço Sideral interage com as intervenções urbanas na terceira edição

Cidades Criativas: projeto Espaço Sideral interage com as intervenções urbanas na terceira edição

11/09/2017 0 Por Alan Uemura

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Oficinas, debate, masterclass e pocket show Negro Leo e Felipe Neiva fazem parte do cardápio de setembro

Para quem deseja saber como a tecnologia pode mudar o dia a dia de pessoas agirem e se situarem como cidadãos, esta é uma boa oportunidade. Através de intervenções urbanas (que vai desde harpa de luz e conteúdo digital até instalação de provedores de internet comunitários), a ocupação multimídia Espaço Sideral, que une arte, cultura independente e tecnologias, volta ao Centro Cultural Banco do Brasil nos dias 14 e 15 de setembro. Para esta terceira edição o tema será Cidades Criativas. Os debates, as oficinas, a masterclass e o pocket show com Negro Léo e Felipe Neiva acontecerão na sala 26, no 4º andar. A entrada é gratuita, com senhas disponibilizadas uma hora antes dos eventos.

Segundo o curador Victor Belart, em setembro teremos uma reflexão sobre a tecnologia na vida das grandes cidades exemplificando de que forma as iniciativas autônomas podem criar um ambiente urbano mais democrático e criativo. “As atividades são focadas na perspectiva da intervenção em espaços coletivos das cidades, seja através do mapping, da música de rua ou do empoderamento digital nas periferias”, completa.

No dia 14, as oficinas terão como base como se utilizar a iluminação em diferentes vertentes com leds e a criação de harpas de luz utilizando programas de computador, com Isis Passos, Bruno Queiroz e o artista plástico Caio Chacal. No mesmo dia, haverá debate sobre Intervenções Urbanas Criativas com Marlus Araújo, do projeto Bicicletorama (um jogo de corrida que usa a dualidade entre virtual e real, móvel e estático mostrando o conflito existente nas entre bicicletas e automóveis), e Bruno Freitas, da Coolab (laboratório cooperativo de redes livres), que irão falar sobre a transformação cultural a partir da instalação de provedores de internet comunitários dentro das periferias.

Para o dia 15 o Espaço Sideral traz a Masterclass com Carlos Oliveira da empresa SuperUber, que entre os trabalhos estão conteúdo digital para o Frost Science Museum, em Miami, e projeções na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, entre outros. O evento termina com o pocket show com os músicos Negro Léo e Felipe Neiva, com direito a um vídeomapping ao vivo durante a apresentação produzido por Alberto Harres e Carlos Oliveira.

Bruno Queiroz é Artista e Produtor Musical. Sob a voz de Elza Soares, Bruno cria programações eletrônicas ao vivo para o show “A Voz e a Máquina” desde 2013 e desenvolve sua pesquisa atualmente em música experimental e eletrônica.

Isis Passos é iluminadora e desenvolve apresentações e cenários a partir de sistemas de controle digital e análogico para a manipulação ao vivo de luz, som, vídeo e LEDs.

Bruno Freitas é Bacharel em computação, trabalha com projetos de gestão autônoma e tecnologia desde 2009, que constituem a base de seu ativismo em movimentos que buscam autonomia popular e empoderamento das classes populares. Investe ainda em projetos que trabalhem tecnologias sociais como agroecologia e energias renováveis, bem como em projetos de saúde pública como a Metodologia SAP (Saúde, Alegria e Palhaçadas), criada na Fiocruz. Atua na CooLaB (laboratório cooperativo de redes livres) iniciativa que agrega diversas pessoas envolvidas com projetos de telecomunicação comunitária que visam fomentar as infraestruturas autônomas através da capacitação técnica e ativação comunitária.

Marlus Araujo é formado em design pela Escola de Belas Artes da UFRJ e pós-graduado em Projetos Digitais pelo IED Rio. Criou o Bicicletorama (jogo de corrida para 4 pessoas que usa a dualidade entre virtual e real, móvel e estático para mostrar o conflito existente nas ruas das cidades brasileiras entre bicicletas e automóveis). Interessado na convergência entre arte, design e tecnologia, possui mais de 10 anos de experiência na concepção e no desenvolvimento de projetos digitais, desde sites, animações, visualizações de dados e outras interfaces para tela, até instalações interativas, interfaces físicas, ambientes imersivos, e projeções para espetáculos e performances. Como designer, diretor de arte e programador criativo, realizou projetos para renomados estúdios de criação do Rio de Janeiro, entre eles 6D, SuperUber, Hardcuore e Ydreams, utilizando variadas linguagens e plataformas de desenvolvimento – HTML5, WebGL, Flash, Processing, OpenFrameworks, TouchDesigner e Arduino.

Alberto Harres é Artista e programador e trabalha com diversas mídias, desde esculturas em gesso e arte de rua, até instalações interativas e experimentos em realidade virtual e aumentada. Atualmente estuda Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFRJ e é ativo na comunidade de programação criativa do Rio de Janeiro.

Caio Chacal é professor, pesquisador, artista transdisciplinar e ativista. Como professor tem experiência no Ensino de Artes também pra pessoas com déficits visuais. Em pesquisa de campo visitou comunidades indígenas que deram origem a um documentário chamado “A Saúde Que Se Faz Na Aldeia”. Atualmente sua pesquisa se desenvolve nas áreas tecnológicas de automação, programação e arte interativa. Desenhista compulsivo na infância, aos 15 anos grafitou sua primeira parede e desde então já decorou desde ambientes privados como lan-houses e salas-de-estar, à espaços públicos como a via subterrânea Mergulhão (RJ) e o viaduto do Bordello (BH). Já participou de diversos projetos de instituições como UFRJ, SESC, Circo Voador, entre outras.

Carlos Oliveira é designer pela ESPM-Rio, trabalha com mídias interativas desde 2004, focando em Novas Mídias, Mobile e Web. Atualmente trabalha na SuperUber como Diretor de Tecnologia para projetos interativos e multimídia.

Negro Leo é um dos grandes expoentes da música experimental contemporânea no Brasil. O artista já tem na sua carreira solo 6 trabalhos em estúdio, além de outros projetos paralelos. Integra o selo Quintavant/QTV.

Felipe Neiva é um músico de vastas referências, do pop à bossa, da psicodelia ao noise, com 3 álbuns lo-fi e um EP gravado em estúdio, assume uma banda com timbres encorpados e proposta eclética. O artista faz parte do cast do selo musical Lixo Records

Pogramação SETEMBRO

Tema : CIDADES CRIATIVAS

14/09 (quinta-feira)

13h-14:30h: OFICINA 1 – Controlando Leds utilizando Ableton Live e Arduino – com Isis Passos e Bruno Queiroz
16h-17:30h: OFICINA 2 – Criando uma Harpa de Luz utilizando Scratch e Arduino – com Caio Chacal
18:30h: Debate Intervenções Urbanas Criativas – com Marlus Araújo (Bicicletorama) e Bruno Freitas (CooLab) conversam sobre cidades interativas e transformação cultural a partir da instalação de provedores de internet comunitários nas periferias.

15/09 (sexta-feira)

17:30h: Masterclass VideoMapping e democracia disruptiva – Masterclass com Carlos Oliveira (SuperUber) sobre as diferentes aplicações do mapping como recurso para intervenções artísticas e culturais nas cidades.
19:30: Pocket Show: Negro Leo + Felipe Neiva com Videomapping ao vivo com Alberto Harres e Carlos Oliveira.

Para OUTUBRO:

Tema: EMPODERAMENTO DIGITAL

12/10 (quinta-feira)

13h-14:30h: OFICINA 1 – Mapeamento e Visualização de dados – com Igor Abreu
16h-17:30h: OFICINA 2 – Empreendedorismo Digital – com Isis Py Ladies
18:30h-20:30h – Debate: Mapeamento de Dados e Transformação Cultural – Sil Bahia (OLABI/Afroflix) e Clara Sacco (Data Labe Maré) conversam sobre a importância de iniciativas de inclusão sociocultural e o reconhecimento de territórios por meio da visualização de dados.

13/10 (sexta-feira)

17:30h: Master Class Faça sua própria turnê – Masterclass com Vitor Brauer e Jonathan Tadeu sobre o uso de diferentes dispositivos digitais para viabilizar uma turnê de forma independente, desde a produção musical das faixas até o merchandising, o registro e a difusão do trabalho.
19:30: Pocket Show: Victor Brauer + Jonathan Tadeu + Nathanne Rodrigues.

Sobre o projeto

Desde agosto o projeto Espaço Sideral vem ocupando o quarto andar do CCBB mostrando alternativas reais que usam tecnologia a serviço da cultura. A programação foi pensada para um público da era pós-digital e que é realizada, em boa parte, por eles mesmos, representados por artistas e profissionais autônomos, que lidam com a modernidade do seu tempo – não por acaso, a premissa do projeto é Tecnologia e Autonomia. Ainda teremos a quarta edição com o tema Empoderamento Digital (dias 12 e 13 de outubro). “Discutir sobre o pós-digital é uma demanda contemporânea nesse tempo em que a intersecção do digital com o real requer novos posicionamentos da sociedade. O projeto Espaço Sideral propõe reflexões sobre as possibilidades oferecidas pela tecnologia no que diz respeito à empreendedorismo, produção e distribuição de conteúdo culturais”, avalia Fábio Cunha, Gerente Geral do CCBB Rio.

(Em tempo: A era pós-digital explica-se pela presença da tecnologia digital hoje ser tão ampla e onipresente que, na maior parte do tempo, nem notamos que ela está lá, atualmente não há diferença entre mundo digital e mundo real, entre on e offline. Está tudo junto.)

A ideia do Espaço Sideral foi nascendo à medida que seus integrantes produziam seus projetos, em vários coletivos e movimentos que atuam nas diferentes zonas da cidade do Rio de Janeiro e que têm como premissa a ocupação de espaços públicos, no melhor estilo “faça você mesmo”. “Quermesse”, “Faz na Praça”, “Viaduto Laranjeiras”, “Festival Intersessão”, “Rádio Libertá” e “Subsolo” são alguns dos movimentos que foram referência para o Espaço Sideral. O norte utilizado pela equipe foram as artes visuais, as novas sonoridades e experimentações da música independente e o creative coding. “Pela primeira vez, vários desses produtores e artistas estão atuando dentro de um espaço cultural institucional, entendendo o ambiente do CCBB como espaço público e democrático que também deve ser ocupado e ressignificado”, diz Victor Belart, coordenador de comunicação.

“Desejamos mostrar, de forma prática e lúdica, que a criação e a difusão de serviços e produtos culturais e artísticos se tornam acessíveis na sociedade da informação que vivemos hoje, não sendo necessários investimentos de alto custo, mas criatividade, conectividade em redes, acesso ao conhecimento e empoderamento digital”, finaliza a coordenadora do projeto Gisele Andrade, da produtora Iluminura Ideias e Ideais.

Serviço:

Projeto Espaço Sideral
Local: Centro Cultural Banco do Brasil
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – 20010-000 / Rio de Janeiro (RJ)
(21) 3808-2007 | ccbbrio@bb.com.br
Funcionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h.
Datas: de 13 de julho a 13 de outubro (quintas e sextas)
Terceira edição – Cidades Criativas: 14 e 15 de setembro
Horário do show dia 15: 19:30
Horários: consultar programação
Entrada Gratuita, senhas distribuídas 1 hora antes
Lotações: 90 lugares (sala 26)
Horários da Bilheteria: Das 9h às 21h. (tel.: 3808-2052)
Classificação: 12 anos
Acesso para pessoas com deficiência: Sim
Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: CCBB
Programação completa: http://www.bb.com.br/portalbb
INFORMAÇÕES AO PÚBLICO
SITE: www.bb.com.br
Twitter: twitter.com/CCBB_RJ
Facebook: www.facebook.com/CCBB.RJ
Email: ccbbrio@bb.com.br
Site para venda de ingressos: http://www.eventim.com.br