Crítica | O Touro Ferdinando

Crítica | O Touro Ferdinando

10/01/2018 0 Por Alan Uemura
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Ferdinando é um touro com um temperamento calmo e tranquilo, que prefere sentar-se embaixo de uma árvore e relaxar ao invés de correr por aí bufando e batendo cabeça com os outros. A medida que vai crescendo, ele se torna forte e grande, mas com o mesmo pensamento. Quando cinco homens vão até sua fazenda para escolher o melhor animal para touradas em Madri, Ferdinando é selecionado acidentalmente.

Capa do livro

O Touro Ferdinando é uma animação para crianças. Isso é muito claro pelos trailers e por sua história, ser de um livro infantil do autor Munro Leaf, escrito na década de 1930. Este conto foi adaptado pela Disney como um curta e levou o Oscar. Muitos dos pais que irão levar os seus filhos, irão se lembrar de já terem visto.

Algumas pessoas podem ir ao cinema esperando mais profundidade e uma crítica contra as touradas, a matança de animais, uma discussão sobre as pessoas respeitarem as diferenças etc. Mas esta não é a proposta desta animação do brasileiro Carlos Saldanha.

Nosso Touro é fofo, é alegre, gosta de plantas e quer ser diferente dos outros touros que anseiam em subir na arena e enfrentar o toureiro. Para eles, esta é a única vida que existe. E são esses os companheiros que Ferdinando possui na Casa Del Toro.

Para alguns, este tipo de história, do órfão que cresce em uma casa cheia de amor, para depois ter que enfrentar seus medos e seu destino, pode parecer muito ingênuo para as crianças do século XXI. Mas não é.

As histórias sempre serão as mesmas, como os sentimentos delas. E é isto que este filme mantém e não resgata. Em demonstrar que não importa quem você seja, você deve ser sempre você mesmo. Manter suas convicções nunca será fácil, mas com a ajuda certa, sempre será possível.

Não são as tecnologias que fazem com que algo seja bom ou ruim, mas sim elas próprias.

Se existe algo que Touro Ferdinando tem a discutir, é isso: que os contos devem serem contados por toda a eternidade.

E que subam as cortinas! Até a próxima!