Crítica | O Retorno de Mary Poppins

Crítica | O Retorno de Mary Poppins

13/12/2018 Off Por Surya Bueno

[widget id=”yuzo_widget-4″]

 

E cá lá estamos nós novamente, (início proposital), às voltas com mais um remake de um clássico dos cinemas, Mary Poppins.
A princípio trata-se de uma continuação do clássico de 1964 dirigido por Robert Stevenson, e com roteiro baseado nos livros homônimos de P. L. Travers.
A autora sempre foi sincera em declarar que odiou a adaptação para o cinema do original, e esse embate rendeu até um filme Walt nos bastidores de Mary Poppins de 2014 com Tom Hanks como Walt Disney e Emma Thompson como a escritora australiana P.L. Travers.
No clássico Julie Andrews era Mary Poppins uma simpática babá com poderes mágicos, que foi trabalhar na casa do Sr. Banks para cuidar de seus filhos; ela chega na casa do patrão voando e usando um guarda-chuva como paraquedas e traz consigo diversas brincadeiras que mudam a vida daquela família.
Dick Van Dyke era Bert, amigo de Mary Poppins, que abre o filme tocando vários instrumentos sozinho para ganhar dinheiro das pessoas que assistem; além de fazer pinturas na calçada e limpar chaminés.
Essa nova história é ambientada na época de uma Londres abalada pela Grande Depressão, Mary Poppins (Emily Blunt) desce dos céus novamente com seu fiel amigo Jack (Lin-Manuel Miranda) para ajudar Michael (Ben Whishaw) e Jane Banks (Emily Mortimer), agora adultos trabalhadores, que sofreram uma perda pessoal. As crianças Annabel (Pixie Davies), Georgie (Joel Dawson) e John (Nathanael Saleh) vivem com os pais na mesma casa de 24 anos atrás e precisam da babá enigmática e o acendedor de lampiões otimista para trazer alegria e magia de volta para suas vidas.
As semelhanças entre os dois filmes chega a ser surpreendente, mesmo não se propondo inicialmente a isso. Existe uma tênue diferença entre o original e esse novo filme que são as os Banks que são adultos. Fora esse detalhe tudo chega a ser muito parecido.
Não que isso seja algo ruim, muito pelo contrário. O capricho com a produção, figurino, fotografia e composição chegam a fazer os olhos brilharem.
Emily Blunt teve que encarar a responsabilidade de ser uma Mary tão doce quando a interpretada por Julie Andrews sem parecer falsa ou caricata demais. E conseguiu.
E os odiados desenhos animados, – que a autora P.L. Travers fazia questão de assinalar, – mas que foi o ponto alto do original também estão presentes neste ato que mostra um figurino maravilhoso.

Como continuação ou não esse novo Mary Poppins faz jus ao original em todos os gêneros possíveis agora basta esperar para ver o resultado nas bilheterias quando for apresentado para as crianças que cresceram usando tablets em casa e onde os efeitos especiais de chroma key não são novidade como a mais de 50 anos.
Para os saudosistas resta a emoção de ter uma personagem tão doce de volta com várias referências e muito carinho além da participação especial de Dick Van Dyke, bela homenagem.

Confira curiosidades sobre o original.