Crítica | John Wick 3

Crítica | John Wick 3

15/05/2019 Off Por Surya Bueno

Tive ótimas recomendações sobre esse personagem John Wick de Keany Reeves, e mesmo não tendo assistido os anteriores confesso que depois de 10 minutos de projeção tinha certeza que seria um ótimo filme.
Seja por ser “alto explicativo” e com uma história até simples, seja pelas cenas de luta de tirar o fôlego, prova que com um bom roteiro a diversão é garantida.
Com o subtítulo Parabellum, (cujo significado é prepare-se para a guerra) o filme continua exatamente do ponto onde terminou o anterior, com John tentando sobreviver á caça às bruxas no valor de 14 milhões de dólares.
Como sendo um peão em meio as movimentações em um jogo de xadrez mortal John vai atrás de bonificações que podem garantir mais alguns minutos de vida.
Como expliquei no começo desse texto, não assisti aos anteriores mas ficou fácil de entender que de algum modo, prestando serviços ou favores, ele conseguiu tais bônus que lhe ajudou durante essa jornada.
A história é tão cheia de reviravoltas e é tão imersiva que vale o ingresso mesmo que você nem saiba quem é o personagem.
Reeves inclusive em vários momentos me fez lembrar um outro personagem de sucesso, Neo de Matrix, que mesmo com pouco diálogos mas com um texto altamente preciso e eficiente (afinal o personagem está tantando sobreviver não há espaço para muitos blábláblás), transmitiu carisma e simpatia, com um jeitão de videogame com classificação +18, claro, devido as cenas violentas.
O diretor Chad Stahelski usou e abusou da fonte do clássico Matrix, tanto nas coreografias de lutas, fotografia e trilha sonora que seguem o mesmo jeitão.
Não seria de se duvida que em um determinado momento alguém aparecesse no meio do vazio e afirmasse que aquilo tudo era uma realidade virtual. Não sei ao certo se tudo isso deve a presença não apenas de Reeves mas também de Laurence Fishburne.
Mas nem tudo é nostálgico, esse filme tem uma das sequências mais impressionantes envolvendo a atriz Halle Berry.
O longa traz de volta o ótimo chefe do Continental Hotel, Winston (Ian McShane), o orgulhoso Bowery King (Laurence Fishburme) e o leal concierge Charon (Lance Reddick), que se mostra muito badass por sinal. Além deles, apresenta personagens cativantes, como Sofia (Halle Berry) e seus cachorros, a Diretora (Anjelica Huston), uma agente Russa que conhece John Wick muito bem, e Jerome Flynn (o Bronn, de Game of Thrones) em um papel pequeno, porém intenso. Destaque também para a Adjudicator vivida por Kate Dillon de forma pragmática, como faz sentido.
Mais do que uma simples sequência, este longa serve para estabelecer definitivamente uma franquia. O objetivo aqui é construir conexões, apresentar hierarquias, antecipar conflitos e estabelecer a mitologia em uma sequência que foi deixada com um gancho no final.